Pessoal, como eu falo constantemente, eu detesto fazer Prólogos, mas, infelizmente, isso serve como uma base para um desenvolvimento da história. Então, people, aqui vai o Prólogo de Liebe Und Hass - ou L.U.H. para os entusiastas. <3
Dificílima.
É assim que eu a defino.
É assim que eu também defino minha
vida, mas por dificílima eu também
defini a vida daquela sujeita. Quem diria que foi por defini-la dessa forma que
eu me aproximei ainda mais dela? Antes eu tivesse parado no momento em que me
vi muito próximo dela. Não deu: eu me envolvi demais por ela tal qual um jovem
de quinze anos se envolve por um romance. Eu sei que me ferrei por acabar
guiado por tal ato.
Queria que isso fosse tão simples
quanto falar sobre.
Em nossas vidas existem empecilhos
ao montes, aliás. A vida dela não foi fácil e, tampouco, como já disse, a minha
vida é. Eu queria que fosse o contrário de tudo isso. Talvez se tudo fosse mais
simples, nós pudéssemos ficar juntos. Só um pouco, ao menos. Eu detestei ter que
deixa-la naquela cama sozinha; senti-me um Schurke quando fiz isso com ela, mas
era necessário.
Eu não me conformo com o que fiz,
logicamente. E eu sei que ela também não se conforma, podendo me odiar
eternamente. Parece uma eternidade o tempo em que eu a deixei: um ano e eu não
arranjei ninguém desde então; ela também não. Mas se eu já não conhecesse as
regras de meu país, nós, talvez, fossemos muito felizes agora; eu dependo
dessas leis para organizar meu trabalho, entretanto, mas eu amaldiçoo cada dia
desde que me tornei o que sou já sendo um conhecedor dessa bendita lei!
Infelizmente, eu vivo de regras e de
cumpri-las, mas são essas mesmas regras que proíbem a nossa união, afinal eu
não sou uma pessoa que você poderia encontrar nas ruas a qualquer momento como
uma pessoa comum, se é que você me
entende somente sob essa descrição. Eu preciso ser mais explicito que isso,
entretanto: não sou uma pessoa comum desde o momento em que nasci porque o peso
do poder cai em minhas costas desde então; eu queria ser um plebeu e ter uma
vida normal, sem ter o peso de ser o herdeiro de Liechtenstein sobre minhas
costas. Era tudo o que eu pedi a vida inteira para aquele que vocês só não
colocam em um pedestal porque não é de barro ou aço: Deus.
Mas com o perdão da palavra, já é
tarde demais para dizer que eu sou apenas herdeiro daquele pedaço de terra de
cento e sessenta quilômetros quadrados que atraia olhares dos plebeus prontos
para te chamarem erroneamente de Majestade
quando o correto seria chamarem-te de Sua
Alteza Sereníssima.
Tarde demais.
É tão tarde que não posso sequer sair nas ruas e viver uma
vida normal, como vivia até um ano atrás, utilizando o nome falso que costumava
usar. É tão tarde que para a infelicidade – ou felicidade – daqueles que
idolatravam o comando de meu pai, hoje eu sou um príncipe-soberano – sem princesa,
por sinal.
Seria bom se eu conseguisse burlar aquela… lei… abençoada.
Hoje eu estaria com Isabella ao meu lado se não fosse por
ela.
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