7 de jul. de 2013

FANFIC: O Anel de Noivado — Capítulo 01 ∞ Parte II



O resultado saiu exatamente meia-hora depois. E não por menos, Alec não era o culpado pelo crime; mas eu não sabia se era porque tudo girava ao nosso favor ou simplesmente porque James quis que isso acontecesse, simplesmente. De qualquer forma, eu o agradeceria por aquilo, já que ele tinha de tudo para ganhar a causa naquele último depoimento, mas tinha deixado passar suas perguntas – o que eu jamais o vira fazer anteriormente.
Obviamente, ele era um ótimo promotor, mas, possivelmente, ele viu que não tinha fundamento continuar persistindo em uma causa que estava ganha. Dava para perceber de longe que Alec tinha jeito de inocente ainda que fosse um filho da puta cheio de droga na cabeça – ainda assim, também dava para perceber que ele era muito inteligente ao ponto de jamais deixar-se colocar drogas em sua mala, afinal aquele era um crime grave; se, de fato, fosse Alec o malfeitor da história, certamente ele engoliria a porcaria da droga e tomaria um laxante assim que chegasse no seu destino.
Alice estava ao meu lado quando todos estavam saindo daquela sala, mas eu me ergui com quase a mesma velocidade em que vi Alec receber sua soltura, sendo considerado um homem livre de novo. Ao mesmo tempo, entretanto, eu ouvi a voz rígida de James me chamar.
— Parabéns — o homem disse.
— Parabéns? — eu quase retruquei, segurando meu nervosismo. — Eu esperava mais de você, promotor. Você me entregou de bandeja a sua cabeça e ainda me diz parabéns? — eu estava irritadiça e irônica àquele momento. — Mas se você acha que está sendo muito esperto com isso? Foi o pior julgamento que fiz em toda a minha vida; achei que você estava brincando comigo.
— Considere esse o meu presente. Um presente pelo seu novo cargo
— Presente…
Alice apertou meu braço, de mal grado, como se me forçasse a aceitar aquilo. Eu não teria agido daquela forma se estivesse no lugar dele.
— Negócios a parte — ele recomeçou —, eu não tenho nada para essa noite.
— Ela também não tem nada — Alice tomou a frente em nossa conversa. — Que tal vocês assistirem a uma peça de teatro e, depois, um jantar?
— Alice! — eu quase bravejei, mas isso não a fez se irredutível.
— Por mim, está ótimo.
— Olá! Eu estou aqui — eu tornei a dizer, cada vez mais enfurecida.
— Eu te busco em casa, Tanya — ele disse, sorrindo. — Esteja pronta às oito.
Sai caminhando à frente, irritadiça, enquanto sentia Alice rindo às minhas costas. Qual era a dela? Por que ela precisava fazer aquilo comigo? Estava certo que eu ainda não digerira a ideia do casamento de Edward com Isabella, mas chegar a tal ponto? Não julgava tal coisa necessária.
— Espere por mim, Tanya — ela disse, quando eu já estava atravessando a rua para voltar ao meu carro.
— Traidora — disse-a, virando ligeiramente e expondo-me aos manifestantes, que já sabiam da notícia sobre o julgamento e, ao mesmo tempo, sendo vaiada por alguns; eu não me importei, seguindo para o lugar em que meu carro estava. — Você não precisava me expor daquela forma para o James.
— Se eu não te conhecesse, eu te comprava como bibelô, prima, porque dentro dos Tribunais você é uma pessoa totalmente diferente da que eu conheço e, portanto, você pode começar a parar de se comportar como uma santa — ela riu ainda que tentasse segurar-se. — Vou com você até seu flat, te ajudarei a se arrumar e fim de papo: você vai sim à esse encontro.
Eu desisti. Abri meu carro e entrei no mesmo, dando um jeito de sair dali o quanto antes, mas eu sabia que mesmo procurando outros caminhos para chegar em casa, Alice estaria me esperando lá. Além do mais, seria terrível se, repentinamente, eu não aparecesse àquele encontro fajuto: seria péssimo para a minha reputação – e ela já estava baixíssima.

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